Não saibas: imagina ...
Deixa falar o mestre, e devaneia ...
A velhice é que sabe, e apenas sabe
Que o mar não cabe
Na poça que a inocência abre na areia.
Sonha!
Inventa um alfabeto
De ilusões ...
Um a-be-cê secreto
Que soletres à margem das lições ...
Voa pela janela
De encontro a qualquer sol que te sorria!
Asas? Não são precisas:
Vais ao colo das brisas,
Aias da fantasia.
Miguel Torga
Imagina
Publicado em 21 de Dezembro de 2016