Sutilíssimo eterno que habita minhas saletas interiores onde trago o tempo guardado noturno e resignado sutilíssimo eterno interior que como um tálamo é em minha alma limpa e sofrida como água dormida em pedra que eterna seiva alimenta este tempo em mim retido plumagem livre de flor forma exata imperecível sinto-te assim como um trunfo branda coroa do eterno além das nuvens, das águas ouço o teu metal desperto se existes no ser completo na cinza móvel das sombras por que retiras de mim tudo o que em mim não é pântano? César Leal