De ouro e verde
O amor, espelho de muita leitura
Com mil formas e feições, encantado,
Por muitos, belos matizes pintado,
Ao feio traz bem linda formosura.
Ah! ele tem sempre nova feitura
Do velho em novo ser transformado;
Em boas ou más trovas é louvado,
Quebrado o enlevo, já não perdura.
Então, noutro campo deve a vontade
Buscar o entendimento e carinho;
O mau tédio afastado, sem pena
Renascendo a nova felicidade,
De ouro e verde corando o caminho,
Com ternura doce e vida serena.
Victor Nogueira
Publicado em 25 de Dezembro de 2008