A casa diversa
Não há a profundeza da alma
contada como abismos, escuras fendas
mortalhas
não há a profundeza do corpo
dita como segredos, escuros vãos
escadas
não há a profundeza da mão
falada como arrepios que passam, escuras horas
ásperas
não há a profundeza da casa
murmurada como peças fechadas, escuros sótãos
fantasmas
não há a profundeza das palavras
gritadas como folhas soltas, escuras raivas
transportadas.
Pedro Du Bois
Publicado em 26 de Janeiro de 2009