Sopra rijo o tufão. É madrugada. No céu pingos de luz a cintilar. Surge no oriente uma luz encarnada Ofuscando as estrelas e o luar. Manhã risonha e assaz movimentada. Na fronde o pintassilgo a entoar Trinados meigos. Toda a passarada Os ares cinde como a vela o mar. O vaqueiro aboiando uma ária triste Vai no cavalo baio de gibão Tocando o gado que já não resiste À seca. Em frente, de enxada na mão, O bravo lavrador ara e persiste, Olhando o céu à espera do trovão. F. Silveira Souza