Deixei perder no tempo uma esperança Que alimentei da infância colorida. Perdi para mim mesmo na corrida E do desejo só ficou lembrança. O tempo foi passando e sem tardança Achei um rumo novo em minha vida. Mas da imatura idade, desmedida, Guardei aquela imagem de criança. Agora que, analista de mim mesmo, Reconhecendo a força do destino, Não vago na jornada mais a esmo. O encanto do presente é mais valor Que mera e ingênua ideia de menino, Que não sabia acariciar o amor. Fagundes de Oliveira