O Sol desponta ruivo cor de gema, Iluminando o pico magestoso, Do gigantesco dorso sinuoso Da tão acidentada Borborema. No sopé da montanha geme a ema, E embaixo o terreno podregoso, Ouve-se o canto ingênuo e harmonioso Da inocente pernalta, a seriema. Chove,troveja, e o vento forte agita, A flora se sacode, a fauna grita, Um raio irado desce e a penha abre. Agora é tarde, o Sol rubro descamba, E rodopiando como roda bamba Apaga a luz detrás da Serra-Jabre. Severino Cordeiro de Souza