Na Borborema
O Sol desponta ruivo cor de gema,
Iluminando o pico magestoso,
Do gigantesco dorso sinuoso
Da tão acidentada Borborema.
No sopé da montanha geme a ema,
E embaixo o terreno podregoso,
Ouve-se o canto ingênuo e harmonioso
Da inocente pernalta, a seriema.
Chove,troveja, e o vento forte agita,
A flora se sacode, a fauna grita,
Um raio irado desce e a penha abre.
Agora é tarde, o Sol rubro descamba,
E rodopiando como roda bamba
Apaga a luz detrás da Serra-Jabre.
Severino Cordeiro de Souza
Publicado em 20 de Agosto de 2009