(gentileza de Amélia Pais) Havia nos olhos postos o sentido de não vencerem distâncias. Calados, mudos, de lábios colados no silêncio os braços cruzados como quem deseja mas de braços cruzados. Os navios chegavam aos portos e partiam. Os carregadores falavam da gente do mar. A gente do mar dos que ficam em terra. As mercadorias seguiam. Os ventos, dispersos na alma do tempo, traziam as novas das terras longínquas. Segredavam-se em noites e dias a todos os homens em todos os mares e em todos os portos num destino comum. Os navios chegavam ao porto e partiam... Alexandre Dáskalos