(gentileza de Amélia Pais) Não sei para que lado da noite me hei-de virar onde esconder de ti o rio de fogo das lágrimas quase a transbordar e acendo mais um cigarro e falo atabalhoadamente de um futuro qualquer e suspiro de alívio porque não ouves o que digo ou se calhar também não sabes onde te esconderes esperamos que se ilumine o lado certo da noite é quando se esgotam as palavras e os silêncios e a minha mão procura a tua que a recebe e a noite se unifica e todos os rios secam menos um por onde navegamos para abolir a noite. Carlos Alberto Machado