Fiel ao princípio da autonomia entre poderes evite a intromissão entre as partes. Sabe e conhece o espectro turvo das cores da bandeira. O ódio intrometido entre as partes avança e destrói o desconhecido. Não retorna sobre escombros e se esconde em salas refrigeradas: poder exercido sobre a contingência dos amores. Alvo de paixões destroça corpos submetidos em tensão: o suplício descompensa a similitude do ato. Onde repousam sonhos acorda em batidas milimétricas. Tacões ressoam pisos de concreto. É o que lhe permitem conhecer. Explodem fogos artificializados no espaço descontinuado da espera. Desperta e acompanha a luta desarmada das histórias melancólicas: herói na situação anacrônica do enredo. Ao vilão cabe o luxo iluminado dos palcos de vergonhas. Arremesso e arremate. Diálogo continuado entre surdos. Espíritos em testes de segunda classe. Bestiário revivido ao dia entre sinais e estacionamentos. Não revê nas ruas o soldado de outrora. Não reconhece o uniforme e a uniformidade em trajes desconexos prova o inimigo. Amizades negócios traições e adultérios. A potencialidade da imagem transmuda o ser em escolhas. A destruição das pontes permanece receptáculo da ousadia. Atravessar o fosso e se descobrir em fósseis aumentados. Atravancar a saída e se cobrir em entradas. O final do túnel em notícias repetitivas. A bebida descontrai o ânimo com que a vida demonstra virtudes. A virtuosidade da morte engalana o recém chegado. O estrangeiro transformado em nativo se acomoda em estrangeirismos. Reflete sonhos. Repete sonos. Realiza a introdução ao processo e se perde em meandros liberalizantes. A competição revigora a mente na escolha da testemunha do açodamento. diretores vicejam almas de apenados funcionários em desconforto. O clube recebe seus sócios e os distribui em salões de acordo com suas situações político-sociais. No portão a segurança se enreda em assaltos: o assassino sorri perplexidades na facilidade com que perpetra o crime. Sirenes ecoam medos. O alarme desarma a visão silenciosa da conquista. Não distante a ordem esconde contraditoriedade: para os efeitos da lei a escolha se faz agora. Manifestos distribuem raivas enjauladas em quatro paredes. A palavra de ordem desordena o status do melodrama. Na similitude a coragem reencontra sua visão feminina. A visão masculina desencontrada em si murmura juras de amor em eternizadas amizades saudades e lembranças juvenis. Jamais - na afirmação contraditória - são reformados os presídios: punidos na justaposição da indigência vislumbram a luz penetrar janelas encadeadas. Estar livre e gozar as prerrogativas da indecisão. Procurar em vão a responsabilidade no avesso do acerto minorado em almas desacompanhadas: o pranto reflui torrentes e a condição afeta a tradição perdida em silêncio. O canto situado como livre estivesse o cantar como se o cantar livrasse da desdita como se desdizer fosse o conteúdo maternal na oração primária dos dissabores. Trair a atenção. Atrair a atenção em ato de coragem. Descontrair a tensão em ato covarde de agressão e mentira. No sorriso da mulher que passa entre carros revê a mulher da vida recolhida na casa dos prazeres. No matraquear dos recreios receia induzir a voz ao encontro da verdade e retirar do exposto a contrariedade das notícias não alvissareiras. Alvo. Seta perfurante. Bala penetrante. Símbolo cortante. Pedra contundente. A busca nos primeiros passos mambembes e o reluzir do ouro conquistado. Fosse outra a época e com certeza estaria preso ao passado. Ao futuro são oferecidos óbices em escaladas argutas e infiltrantes. Se a mulher se apresenta nua, dispa-se de sua vaidade e vá até ela. Cubra-a com sua vergonha. A mulher se sentirá devedora da sua ousadia. Avesso ao estardalhaço, distribua panfletos e torne a leitura obrigatória. Troque algumas palavras. Entorne o caldo. Estremeça o senso elementar das confusões. Aprofunde o tema em nada consta. A liberdade perdura enquanto a guarda se nacionaliza em combates. A fraqueza dos pais é responsável pelo aviltamento, jogue a moeda ao mendigo em gritos e palavrões. Desperte a vilania e a destrate com fraquezas e ódios. Descarregar a arma empunhada na luta diante da máquina fotográfica o transforma em notícia e no martírio do jornal escrito se mantém ávido de reconhecimentos. Não se debruce sobre a amurada: o atirador de elite se distrai em beijos e sua arma dispara na antevisão da morte. Pedro Du Bois