Ilusão breve
O alazão contempla
os reflexos brilhantes
do rio que submerge
as suas patas no vau.
E o cavalo crê
que voa, que a aurora
surge da sua garupa
com as suas asas de cisne.
Mas não levanta voo.
Próximo está
a árida orla
que alcança
vadeando.
Mordisca a erva.
Caem molhados
os raios
dos seus flancos sem asas.
Hannes Pétursson, versão de Amadeu Baptista
Publicado em 11 de Dezembro de 2011