Comprei um cavalo a um louco. Tinha-o desenhado ele mesmo e era de resto um cavalo perfeitamente vulgar excepto os olhos que ficavam nas ventas. Tinha-o feito assim de propósito: para as pessoas estarem bem certas da sua loucura e comprarem melhor. Eu comprei. Pensei no cavalo: ele ficaria no pinhal à tarde quando o sangue corre das orelhas do sol. Pentti Saarikoski, trad. Egito Gonçalves