No bosque há uma ave, o seu canto detém-vos e faz-vos corar. Há um relógio que não toca. Há uma lixeira com um ninho de bichos brancos. Há uma catedral que desce e um lago que sobe. Há um carrinho abandonado nas moitas, ou descendo a vereda em correria, engalanado. Há uma troupe de pequenos cómicos com os seus fatos, visíveis sobre a estrada através da orla do bosque. Há, enfim, quando tens fome e sede, alguém que te enxota. Jean-Arthur Rimbaud, trad. Mário Cezariny