O arabesco ecoa trombetas
antigas inimigas percorrem
muros no estado do barulho

o arabesco mudo
em mudanças
na trama não urde
o tecido esgarçado

amigas chegam
no calor da noite
tocam seus dedos
sobre as feridas

o arabesco desnudo
em traços percorridos
no silêncio do dia findo.

Pedro Du Bois