O arabesco ecoa trombetas
antigas inimigas percorrem
muros no estado do barulho
o arabesco mudo
em mudanças
na trama não urde
o tecido esgarçado
amigas chegam
no calor da noite
tocam seus dedos
sobre as feridas
o arabesco desnudo
em traços percorridos
no silêncio do dia findo.
Pedro Du Bois
Arabesco
Publicado em 29 de Abril de 2019