neste mundo ofertado em preciosidades
ultrapassadas para o meu novo corpo
em que renasço para sua destruição
futura em concretizados ares
de ideias ainda não pensadas
pássaro implume escondido em sua morada
meus pais não se apresentam presos
em externos trabalhos e não abrem a porta
por onde sairei mais tarde nada levando
perco o mundo que trouxe e a jornada
se repete porque esvaziada de novidades
e não sou mais o novo e como velho
digo presente em todas as chamadas
pelo escravo escriturário empreendedor
negocista de antigas colchas de retalhos
Pedro Du Bois
poema
Publicado em 27 de Maio de 2020