saídas A Charlotte, sempre dotada de humor, escreveu uma pequena frase sobre a saída da blogosfera, depois de um post mais extenso sobre o "tempestuoso" assunto que introduziu esta deriva nos últimos dias. O que acho curioso é a facilidade com que a maior parte das pessoas vai embora de quase tudo: dos projectos, das relações mais ou menos profundas (?), das ligações aos outros (embora continuem a proclamar uma amizade perene, claro). As soluções de compromisso, a humildade de reconhecer erros, a capacidade de aceitação, tudo isso se tornou mais excedentário na rápida vida contemporânea: não "deu", vamos embora. É visto como mais fácil trocar do que consertar, mais adequado partir do que remodelar. Há demasiada "descartabilidade" nesta imensa superficialidade, nesta mobilidade desenraízada. Claro que dá muito mais trabalho ficar, tentar superar, aprender com os erros e tentar aplicar o que se aprendeu num continuum; mas não seria mais ecológico para a alma? AmAtA --------