A perpétua evasão De que fugimos mais e mais depressa? Do que tememos ou do que verdadeiramente amamos? Da liberdade de não se saber preso a ninguém que nos possa atingir, ou da ausência do amor? Das palavras ou do que elas escondem? Dos silêncios ou do que eles mostram? Das cinzas ou das labaredas? Dos nossos desejos mais violentos ou do abandono da esperança? De nós próprios ou dos outros? De que fugimos, afinal? Ana Roque --------