O sabor da memória Viver com a memória do que nos foi essencial e, ao mesmo tempo, perverso, pode ajudar a perspectivar o presente de modo diferente, mais total e profundo. Não esquecer é, por isso, fundamental, não apenas para não permitir um "dourar do retrato", pastiche generoso com que recobrimos tudo o que foi e já não é, mas sobretudo para não nos privarmos da nossa própria vida, do que pudemos e soubemos fazer com ela; às vezes é íncómodo, outras mesmo doloroso, mas confere sentido a um percurso. Por isso, vale a pena. --------