Memória do presente O timbre da voz. O timbre exacto da voz. A profundidade do olhar suspenso sobreo corpo dominado pelo prazer, sub dominus, rendido. O fio de água unindo as bocas, doce, dulcíssima água salgada. A banalidade impiedosa da palavra limita e corta ao revestir o sublime, transforma em moeda de curso corrente o sentir único, incomunicável, do toque dos corpos sob o olhar ardente das almas. O desenho rigoroso dos lábios, a sombra pungente dos cabelos. As mãos. --------