Coincidência (ou do que deve
Coincidência
(ou do que deve ficar depois)
Descubro um detalhe curioso nas notas biográficas de Henri Beyle/Stendhal (1783-1842): visitou as ruínas de Pompeia com tamanha curiosidade que lá voltou sete vezes, e admirou a magnífica Pont du Gard numa noite de lua cheia, deslumbrado. Há, ou houve, quem fosse artífice da impressão causada em mim por estes dois lugares sublimes. A memória é imortal, e deve sê-lo sobretudo para o tesouro dos momentos verdadeiramente especiais, mesmo que o fossem de forma incomunicável, pela diferença abissal de registo; ainda assim, A thing of beauty is a joy forever. Como Pompeia, como a Provença.
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Publicado em 20 de Janeiro de 2004