Retorno (ou a coincidência do
Retorno
(ou a coincidência do acaso (con)sentido)
Há nove rotundos meses, também a uma 2ªfeira e no início da tarde, também chegada de uma viagem, e igualmente ainda com as malas por desfazer, criei, por indicação de quem amava, o Modus Vivendi, assinando o que escrevia com o irónico AmAtA, que pouco perdurou (a ironia todos os dias cansa). Os meses passaram, houve tentativas de censura que não permiti, interrupções breves por impossibilidade ou indisponibilidade, mas a gestação foi levada a termo. Hoje, o Modus acaba, porque não me faz mais sentido. Só por isso.
Por causa deste espaço, acabei por conhecer algumas pessoas de quem gosto muito, e mesmo duas que se me tornaram realmente próximas, e essa é a gratificação maior que levo comigo. Tenho que mencionar a Carla e o C., o Luís, o Ossanha e o Nuno, a Aida e o Henrique; mas também a Catarina,a Clara e o Mário, o Pedro Lomba, o Miguel e a Sónia, autores de tantas palavras amáveis e de atenções que me encheram de alegria. Houve um ou outro desprazer, mas de tão minoritária dimensão que nem refiro. Houve importantes palavras sistemáticas, como as da Márcia e do Zeferino, ou ocasionais, como as do Rui, mas todas especiais .
Suspeito que, sem o blogue, é bem provável que tivesse de precisado de (ainda!) mais tempo para tomar balanço e fazer mudanças imprescindíveis no meu modus vivendi , mudanças reclamadas pela razão mais simples de todas: porque "a felicidade está na liberdade, e a liberdade está na coragem". Estão feitas, graças a Deus.
Agora, arquivadas as contas com o passado, deixo a blogosfera, mas não os afectos que nasceram neste microclima.
Obrigada a todos os que me escreveram, mesmo a quem o fez de modo menos agradável (sim, João Tenório, é consigo, felizmente caso isolado nos meus correspondentes...).
E agora, com vossa licença, vou tratar de viver. Fiquem bem e perdurem. Visitarei de vez em quando as casas dos amigos.
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Publicado em 9 de Fevereiro de 2004