Impossibilidade(s) Quando não se abandona
Impossibilidade(s)
Quando não se abandona a pose distante, quando se recusa a partilha e se encerra toda a fragilidade atrás de um muro de autodefesa que se pretende inexpugnável, quando se foge, num mar de incomunicabilidade, de qualquer dádiva do logos, tessitura máxima de uma invisível realidade pressentida, encontra-se a base de toda a solidão. A incomunicabilidade alimentada no pó dos dias torna-se então, aos poucos, uma fronteira impossível.
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Publicado em 26 de Abril de 2004