Caminho (para a sabedoria, descalça e sem fonte à vista) Aprender a dar cada vez menos importância ao que não tem nenhuma. Aprender a dar cada vez menos importância a quem não a souber ter. Aprender a não sofrer em nenhum desses processos. Encurtar o caminho entre desejo e realidade. Preencher o vazio do desapontamento com o prazer da música, com o enleio da literatura, com a ficção dos filmes, com o sorriso nos olhos que fizemos, que nos fizeram. Esquecer o resto, não pensar em quem não nos vê, ou vê mas não distingue, ou distingue mas se nos esqueceu do nome. Esperar que a vida mude, ou esperar que se deixe de desejar a mudança. Aprender, acima de tudo, a deixar de lado a esperança, como fez, e bem (há-de ter tido as suas razões...), a senhora da Casa dos Este. --------