Prémio (de consolação, também oferta da MJF) O Verme e a Estrela Agora, sabes que sou verme. Agora, sei da tua luz. Se não notei minha epiderme... É, nunca estrela te supus. Mas, se cantar pudesse um verme, Eu cantaria a tua luz! E eras assim...Porque não deste Um raio, brando, ao teu viver? Não te lembrava. Azul-celeste O céu, talvez, não pôde ser... Mas, ora! Enfim, por que não deste Somente um raio ao teu viver! Olho, examino-me a epiderme, Olho e não vejo a tua luz! Vamos que sou, talvez, um verme... Estrela, nunca te supus! Olho, examino-me a epiderme... Ceguei! Ceguei da tua luz! P. Kilkerry (1885-1917) --------