Tempus fugit O Modus Vivendi está quase a fazer um ano. Precisamente nesta altura, no ano passado, estava em Nápoles, e alguém inominável mostrava-me como me poderia ser útil ter um blogue "para comunicar com os meus alunos", dizia, bem intencionado e algo ingénuo. Como de costume, o feitiço virou-se (um pouco, só um pouco) contra o feiticeiro, e o Modus nunca me serviu para ensinar fosse o que fosse, mas sim para me ajudar a perceber o que não aprendi (não digo que não aprendo, que não aprenderei; somente que, até este preciso instante, não aprendi, ou não sei ainda que sei, mas deixemos esse detalhe perverso). Um ano que me permitiu o exercício frequente de uma escrita muito diferente da que torno pública noutros contextos, mas que, sobretudo, me trouxe pessoas por detrás de outros blogues (e que hoje me conforta e alegra saber que existem, que as posso ouvir e ver). Até um ou outro pequeno dissabor, uma ou outra decepção, deram mais sentido à "pessoalidade" deste meio só aparentemente virtual. Se tivesse mais tempo para estar por aqui, leria certamente mais do que outros escrevem, mas não escreveria mais - procuro que caiba no Modus o registo residual dos dias, que transpareça o diário de bordo do que me perturba, intriga, alegra, encanta. E tudo isso tem a importância que tem, no decurso do tempo. Ou seja, nenhuma. --------