Instante Só o tempo de
Instante
Só o tempo de chegar, ver o rio com o sol dentro, reparar que ali as gaivotas estão na cidade, dentro da cidade, voamde modo mais próximo. Ver a Afurada em frente, o rio a acabar lá adiante. Deixar com a noite a cidade desta mulher, com desejo de voltar.
Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Pra poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes
Sophia de Mello Breyner Andresen
(poema oferecido por N.M.)
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Publicado em 7 de Junho de 2004