Arte menor (da fuga para dentro) Não dizer "só tu" é ser fiel a si mesmo. Não dizer "tu" é ter medo da própria sombra, sem saber que, fugindo do espelho, a alma nunca lhe pertencerá por inteiro. Nesse ponto exacto do deserto, dizer "sempre" pode ser apenas dar o que mais à superfície se tem - a pele. Fugir do discurso amoroso, visto como exploração por parte do outro, é cravar lentamente o punhal da desolação, até sangrar por completo o sentimento que corria, vivo, em volta dos corpos. --------