A amiga era de sempre, da vida toda, mesmo quando alguns anos tinham sido passados com pouco mais do que contactos ocasionais, uns milhares de quilómetros entre os passos diários de cada uma. Depois, a proximidade aprofundada surgiu como oferta feliz do tempo e por isso não eram precisas muitas palavras para a partilha do que marcava cada uma. Quando hoje a amiga lhe disse, entre cafés no meio de livros, que a raiva era uma marca de água impressa na beleza do que ela escrevia, sentiu algo muito parecido com a paz.
--------
Iluminação (na manhã) A amiga
Iluminação
(na manhã)
Publicado em 31 de Outubro de 2004