As manhãs de sábado são um tempo com ritual próprio, precioso, hoje atraiçoado pelo mercenarismo. Em vez de ficar submersa em jornais, lançando olhares gulosos de viés ao livro comprado ontem e pousado na almofada em atitude promissora, o céu matizado até ao sul distante do cabo ainda pouco visível, depois de dias tapado por cortinas de chuva, vou gastar estas horas especiais a falar sobre direito das sociedades comerciais para uma plateia composta, afável e (suspeito...) resignada de jovens notários. O Assam à espera de ferver para mim (lamento, mas é apenas um divino chá com este nome masculino - só um chá? felizmente só um chá?) noutra manhã próxima, presente trazido por uma amizade começada no espaço (às vezes) virtuoso da blogosfera. Único consolo: há coisas que não perdem por esperar.
--------
Troca indecente As manhãs
Troca indecente
Publicado em 30 de Outubro de 2004