Troca indecente
As manhãs de sábado são um tempo com ritual próprio, precioso, hoje atraiçoado pelo mercenarismo. Em vez de ficar submersa em jornais, lançando olhares gulosos de viés ao livro comprado ontem e pousado na almofada em atitude promissora, o céu matizado até ao sul distante do cabo ainda pouco visível, depois de dias tapado por cortinas de chuva, vou gastar estas horas especiais a falar sobre direito das sociedades comerciais para uma plateia composta, afável e (suspeito...) resignada de jovens notários. O Assam à espera de ferver para mim (lamento, mas é apenas um divino chá com este nome masculino - só um chá? felizmente só um chá?) noutra manhã próxima, presente trazido por uma amizade começada no espaço (às vezes) virtuoso da blogosfera. Único consolo: há coisas que não perdem por esperar.
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