Agora é passado II Agora
Agora é passado II
Agora é passado desde que por último nos encontrámos
Sob o ramo da aveleira;
Antes queo sol da tarde se pusesse
A sombra dela estendeu-se sobre a terra.
A rajada do Outono
Manchou e definhou cada ramo;
Morangos silvestres como os lábios dela
Deixaram os musgos verdes do chão
E a flor que ela tinha sobre as ancas.
Agora é passado.
John Clare, trad. Cecília Rego Pinheiro, in Rosa do mundo, ed. Assírio & Alvim.
--------
Publicado em 1 de Novembro de 2004