Excesso
Vai uma cidadã tomar um simples café, procurando apoio químico lícito para a actividade docente, e no pires, brilhante e convidativo, o pacote de açúcar (que ainda por cima era supérfluo!), afirma peremptório que "amar é a melhor coisa do mundo". Das duas, uma: se é, não precisa de ser lembrado pelo café Buondi; se não é, não precisa da publicidade enganosa - ninguém escapa ao consumo, mais cedo ou mais tarde, seja ex novo, em reincidências ou em sucessão. E quanto ao conteúdo da mensagem, todos sabemos que aqui vence a terceira hipótese: umas vezes será verdade, outras bem pelo contrário - é um veneno pior do que café bebido frio, aguado e desenxabido, em copo de plástico (bom, convirá não exagerar... no amor, basta perceber quem fornece o que envenena, que nem será assim tão frequente; já o azar do mau café pode acontecer em qualquer lado!).
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