"(...) Não estou seguro de que tenha visto todos estes filmes, pela primeira vez, ainda nos anos 60. Mas também não quero ser objectivo. Nunca quero, aliás, e sofro pelos que acreditam que podem sê-lo."
João Lopes escreve textos magníficos com uma frequência inquietante. É daqueles homens que rezamos para nunca conhecer por acidente, de tal modo se acredita que a imagem que resulta da leitura só poderia sair beliscada do confronto com a realidade (?), qualquer que ela seja. E ontem, no Diário de Notícias, lá está mais uma prova para os autos: Olhos nos olhos é um texto belo, simples, denso, cheio de lâminas envoltas em papel de seda. Como convém a quem não se pretende objectivo.