Percebe-se que se perdoou quando se relê uma frase que nos magoou de modo profundo e inesperado em tempos não tão distantes assim, e que agora é apenas uma sequência de palavras vindas de alguém fora de nós e que permanecem, flutuantes, no mais rigoroso exterior. Percebe-se também, talvez no mesmo instante, que o amor não se exige nem sequer se pode esperar - acontece às vezes; outras vezes, amamos pessoas que nunca nos poderiam amar, não porque tenham uma incapacidade genérica, mas somente porque não. Simples e pacífico? Sim, depois de muito tempo interior.
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Serenidade Percebe-se que se perdoou
Serenidade
Publicado em 1 de Novembro de 2004