(magnífico presente da Márcia, leitora antiga e fiel do Modus, fazendo a ponte por sobre este pequeno mar, tão menor do que a língua que falamos)
Direi do amor não tudo, mas o quando -
o amor só sei dizer o amor sentindo.
Direi mesmo sabendo repetindo -
o amor se vai no dito renovando.
Eu sinto quando amor se perco o mando,
se tudo o que eu disser, disser sorrindo.
O amor se dá somando e dividindo,
na sensação de estar multiplicando.
O amor é quando o quando é desse jeito:
não há saber da causa, só do efeito,
não tendo, desse efeito, seu comando.
Te amo em bando - tantos que me sinto
(em menos não consigo ou me consinto),
pois todas tu resumes: és meu quando.
Antoniel Campos
Direi do amor o tudo e o mais além
que amor só sei sentir se mergulhando
inteira nos seus mares, me entregando
o amor do ato de amar não se abstém.
Eu sei do amor no quando e no também
se perco o prumo ou se me abandonando
no amor eu ardo em fogo ou se é brando
afago o que me invade e entretém.
O amor é tudo quando é desse jeito:
sem causa, sem razão, sem outro feito
além de ser eterno vai e vem.
Te amo quando longe estou ou perto
(que tantas sou e não me sei ao certo)
pois tudo em ti resumes: e és além.
Márcia Maia
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Do amor (magnífico presente da
Do amor
Publicado em 5 de Dezembro de 2004