Do amor
(magnífico presente da Márcia, leitora antiga e fiel do Modus, fazendo a ponte por sobre este pequeno mar, tão menor do que a língua que falamos)
Direi do amor não tudo, mas o quando - o amor só sei dizer o amor sentindo. Direi mesmo sabendo repetindo - o amor se vai no dito renovando. Eu sinto quando amor se perco o mando, se tudo o que eu disser, disser sorrindo. O amor se dá somando e dividindo, na sensação de estar multiplicando. O amor é quando o quando é desse jeito: não há saber da causa, só do efeito, não tendo, desse efeito, seu comando. Te amo em bando - tantos que me sinto (em menos não consigo ou me consinto), pois todas tu resumes: és meu quando. Antoniel Campos Direi do amor o tudo e o mais além que amor só sei sentir se mergulhando inteira nos seus mares, me entregando o amor do ato de amar não se abstém. Eu sei do amor no quando e no também se perco o prumo ou se me abandonando no amor eu ardo em fogo ou se é brando afago o que me invade e entretém. O amor é tudo quando é desse jeito: sem causa, sem razão, sem outro feito além de ser eterno vai e vem. Te amo quando longe estou ou perto (que tantas sou e não me sei ao certo) pois tudo em ti resumes: e és além. Márcia Maia --------