Cor unum et anima una Entrou no quarto onde nunca tinha estado e não se sentiu estranha. Olhou nos olhos a irmã que não tinha e (re)conheceu nela o espelho límpido e sereno do amor generoso e constante, da fé inabalável no bem, luz serena em partilha de uma qualquer alegria máxima que não tinha visto antes. Voltou ao espelho onde interrogou a vida, tantos anos sem passar por este caminho que adivinhava de longe, de bem longe. À esquerda, lugar do coração, escrito na parede em tinta desvanecida sobre papel vindo de outros tempos e de dimensões alheias, as palavras intersectaram-lhe a vida, epifaniaperfeita para a totalidade habitada.