in http://www.novasfronteiras.pt/index.php?article=136&visual=1 Crescimento e Gobalização A revisão em baixa do crescimento económico para 2005, anunciada pelo Banco de Portugal (1,6%, ou seja, menos 0,8 do que o cenário divulgado pelo (des)Governo cessante), obriga a uma reflexão mínima acerca do inevitável: não vai ser possível aliviar a pressão da austeridade nas contas públicas, já que a retoma é demasiado débil para permitir um relançamento económico sustentado internamente. Dada a tradicional dependência externa da economia portuguesa, a conjuntura de valorização do euro face ao dólar (travão às exportações) e a necessidade de controlo / contracção das despesas públicas de modo a respeitar o Pacto de Estabilidade e Crescimento, há que contar com o pior: o eventual aumento dos impostos indirectos. Neste contexto, a globalização da economia pode, apesar de tudo, oferecer uma ajuda no processo de recuperação, já que as previsões internacionais são favoráveis a um novo período de crescimento. Portugal, parte de um bloco de forte integração regional como é a UE, tem que fazer um esforço particular e inadiável de autodisciplina financeira e de aumento da produtividade, contrariando a tendência de afastamento face ao crescimento médio registado na zona euro, como tem vindo a acontecer desde o início deste século. Se a modernização das estruturas produtivas continua a ser um dos pontos fracos da economia nacional, a verdade é que a urgência maior está no travão indispensável à despesa pública, sorvedouro desmedido da riqueza gerada.