A noite alta, límpida, o gelo a cortar lá fora. Um céu tão distante que deslumbra, sem medo, mesmo sabendo que continua debaixo do chão. Uma estrada que podia (pode, poderá) ser percorrida até ao infinito, ao fim dos tempos, e fica bem para lá da prudência que manda começar as frases por "enquanto". A luz de palavras que são ditas noutra voz e ficam nossas. O espaço e as luzes depois de túneis. O esplendor de mais um dia, certo e vivido. O sabor da luz já noutra manhã.