Há metamorfoses forradas de vermelho que desconhecem o fogo. E é ver rebanhos arrastando as nuvens e com palavras jamais usadas apontarem a negrura dos precipícios. É ver os leques saindo-lhes das órbitas lentos os gestos imitados pelos duendes. Metamorfoseados ocorrem naufrágios por todos os lados rodeados por fechaduras. As casas infinitamente brancas sobrepostas num espasmo secular estão agora habitadas por feras. Até onde a vista alcança há coisas imitando coisas gritos petrificados vidros embaciados mãos impúdicas. Cruzeiro Seixas