Saudades indefinidas, infinitas, desrazoáveis, ilógicas, mórbidas, mortas, sempre vivas. Um desejo de (a)mar, um medo na alma, uma dor a espaços, um sonho que não se recorda nítido, uma luz que não se consegue segurar entre os dedos. Uma chuva louca e persistente, invisível por entre os raios de sol aparente, a invadir o mundo com o despudor das vitórias fáceis. A lâmina do tempo a retalhar a carne inocente dos dias, deixando correr o sangue com o alívio indizível da morte adivinhada entre lençóis ainda quentes.