Cada diaque passa, mais forte é o desejo de viver em algum silêncio, sem comentar a realidade interior. Se a necessidade de alinhamento de sentimentos e ideias em palavras, compondo textos com algum prazer estético nesse exercício, foi evidente ao longo de um tempo de solidão (mesmo que aparentemente povoada), a tentação de fruir a vida em "circuito fechado" tem crescido num movimento uniformemente acelerado. Não é egoísmo, nem sequer protecção excessiva do que se vive (que, diga-se, também requer constância, persistência, entrega, aposta); é apenas a vontade de saborear uma novidade absoluta posta em sossego.