Os livros são um gosto muito antigo, um prazer profundo e íntimo, uma porta secreta. Há muitos posts sobre esta paixão no modus antigo (devia passar a escrever "a. P." para designar essa época, e "d. P." a marcar um tempo que começou antes da vinda para aqui, enquanto fazia as malas, empacotava desgostos fora de prazo e renovava a esperança, o medo a espreitar ainda - todo o cuidado foi pouco para não o deixar amarrotar minutos que já não lhe pertenciam...), mas o tema é recorrente, inevitável mesmo. Vivero prazer que há em retirar livros de caixotes, ver o que foi lido por quem se ama, pegar nos títulos que também são nossos, estranhar as capas, diversas em duplicado cúmplice, tomar outros de novo e ficar com eles, o papel ligeiramente amarelecido, o nome escrito na segunda folha. Dos livros, o prazer.