O meu amor é furtivo como o amor de um pobre. Qualquer um pode roubá-lo. E eu terei de deixá-lo. Por isso, rio silente, por isso, minha suave colina, não lhe posso chamar amor simplesmente. Mas tu, colina de ouro, e tu, rio indolente, sabeis que o meu amor é mesmo um grande amor. O perigo odiado não existe para já? Mas vós sabeis, amigos, que no meu coração está. A chorar me vereis, ó vós, sempre felizes, não como agora choro, não de felicidade. Sandro Penna