Três dias, disse para o fundo branco, os caracteres soltando-se-lhe das mãos ágeis, dos dedos que acendem cigarros quase a contragosto, que atiram o isqueiro com a bela impaciência do fulgor permanente; são três dias e não três meses, decidiu, serão três anos de repente, um dia qualquer, um dia que vai nascer como todos os outros, onde cabe o riso e a palavra, o gesto e o olhar. E novamente as mãos desenham símbolos, capazes da ternura, do calor, os braços tornados fortaleza inexpugnável ao cair de todas as noites.