Se eu pudesse deixar de correr Caminhava se eu pudesse deixar de caminhar Sentava-me à sombra da nogueira azul do céu Se eu pudesse deitar-me deitava-me Numa cova com a forma do meu corpo em Repouso se eu pudesse deixar de cantar Fechava os olhos e olhava o alto vazio Onde não acontece nada a não ser A conciliação provisória do caos E da luz que não se cansa de nascer. Casimiro de Brito