O dia começa e estende-se, a manhã maior do que o limite do relógio. A luz invadeo espaço em volta, as coisas de fazer impõem-se com obstinação secreta, os números tomam o lugar das palavras no deve e haver da sobrevivência. E, de repente, a alma inundada, o olhar perdido, a dúvida quase: será que existes como te habito, que não te sonhei numa noite de outono sem frio ao longe, que o mar onde navego e te encontro é o absoluto do teu olhar no tempo?