É um sonho ou talvez só uma pausa na penumbra. Esta massa obscura que ela revolve nas águas são estrelas. Entre aromas e cores, um barco de calcário prossegue uma viagem imóvel num jardim. Vejo a brancura entre os astros e os ramos. Dir-se-ia que o ser respira e se deslumbra e que tudo ascende sob um sopro silencioso. Nenhum sentido mas os signos amam-se e o brilho e o rumor formam um mundo. António Ramos Rosa