(ou do compromisso por inteiro e sem escapatória a distância prudente) - Amo-te sem lugar a dúvidas, mas não sei se sou capaz de te amar o suficiente. - O suficiente para quê? Para quem? O amor existe ou não. Se existe e é recíproco, será sempre suficiente. - Não sei se o meu é o bastante, se chega para te fazer feliz. - Se calhar não sabes é quanto tempo tens paciência para manter o empenho que o amor requer... Uma relação amorosa não é simples, não se esgota apenas nos bons momentos, não é uma festa permanente. Olha, a dúvida acerca do amor, ou da sua capacidade, é um dano grave. Como me disse alguém, a dúvida cria espaço para uma profecia de fracasso que se esforçará por ser realizada. - Insisto: as dúvidas de que te falo são sobre mim, sobre a minha sageza nestas matérias da vida onde já me perdi no passado, sem remédio. - Vê bem se não estás apenas a construir uma escapatória para usares em caso de desistência, por mero desinteresse. É inútil: para sair basta fazer o mesmo que se fez para entrar: falar com honestidade e agir em conformidade. Não são precisos álibis. - Está bem. Agora não me canses mais. - Tentarei.