Esta tarde, durante uma hora breve, estive "face a face" com alguns textos publicados no "Pagar para ver", no que era suposto ser um acto meio contrafeito de escolha (porque quem vai ler deve, a meu ver, ter o poder discricionário de emprestar a sua voz, o seu talento, ao que mais lhe aprouver). Uma vez mais, fui incapaz de um "regresso ao passado" prolongado - limitei-me a escassas sugestões. Não é fácil reler palavras que sobraram de tantos dias afiados, de tantas noites interrogadas sem encontro (de) sentido. Mas sei de ciência certa que aquelas palavras ganharão transitória magia no instante em que forem ditas por quem sobrevoa a vida sem sono no olhar.