Doce quietação de quem vos ama, Em serviços, Senhor, que tanto quanto Amado sois, tão longe o fim de tanto, Subindo mais, e mais, mais se derrama: Ardendo por arder em viva chama De amor do vosso amor, a voz levanto; Sinto, suspiro, choro, colho, e planto Ao som doutra suave que me chama. Onde se vai, Senhor, quem vos ofende? Donde levais, Deus meu, a quem vos segue? Onde fugir se pode uma de duas? Morto por quem o mata que pretende, Ou que extremos de amor há que nos negue Quem culpas nossas chama ofensas suas? Frei Agostinho da Cruz