Vai a fresca manhã alvorecendo, vão os bosques as aves acordando, vai-se o Sol mansamente levantando e o mundo à vista dele renascendo. Veio a noite os objectos desfazendo e nas sombras foi todos sepultando; eu, desperta, o meu fado lamentando. fui coa ausência da luz esmorecendo. Neste espaço, em que dorme a Natureza, porque vigio assim tão cruelmente? Porque me abafa ó peso da tristeza? Ah, que as mágoas que sofre o descontente, as mais delas são faltas de firmeza. Torna a alentar-te, ó Sol resplandecente! Marquesa de Alorna